PLANTAS UTILIZADAS NA MEDICINA TRADICIONAL PARA TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS : UMA ABORDAGEM IN SILICO

2017 
Na medicina tradicional, muitas plantas sao popularmente utilizadas para o tratamento do Diabetes mellitus (DM) e suas complicacoes. O DM e uma sindrome metabolica caracterizada pela manutencao de elevados niveis de glicemia. A longo prazo, a hiperglicemia no DM esta relacionada com o desenvolvimento de complicacoes como vasculopatias, neuropatias, nefropatia, retinopatia, entre outras.Com base no exposto, este trabalho teve como objetivos investigar quais plantas medicinais sao utilizadas na medicina tradicional para o tratamento do DM e suas complicacoes em Uruguaiana/RS, e avaliar se os principais fitoconstituintes destas plantas apresentam predicao antidiabetica in silico. Para isso, pessoas com DM, selecionadas a partir da tecnica “bola-de-neve”, foram entrevistadas sobre seus habitos de consumo de plantas medicinais. Os principais fitoconstituintes das dez plantas mais utilizadas pelos entrevistados, foram investigados atraves de pesquisa bibliografica. A partir deste levantamento, foi realizada uma analise para averiguar o potencial antidiabetico destes compostos, atraves da plataforma “Prediction of activity spectra for substances” (PASS). O projeto foi aprovado pelo comite de etica em pesquisa da UNIPAMPA (CAAE: 05027112.5.0000.5323). Foram entrevistadas 105 pessoas com DM. As dez plantas mais utilizadas foram a pata-de-vaca (Bauhinia), jambolao (Syzygium jambolanum; Syzygium cumini), camomila (Matricaria recutita), Anis (Pimpinella anisum L.), Erva-cidreira (Melissa officinalis), macela (Achyrocline satureioides), quebra-pedra (Phyllanthus niruri L.), carqueja (Baccharis trimera), alecrim (Rosmarinus officinalis) e alcachofra (Cynara scolymus). A avaliacao in silico pelo PASS, considera que a atividade provavel (Pa) acima de 0,700 esta correlacionada com maior chance de se encontrar a atividade predita in vivo. Para os constituintes avaliados, os Pa encontrados foram de 0,798 para o acido rosmarinico da Rosmarinus officinalis, e de 0,671 e 0,660 para o vitalbosida A e a isoquercetrina, respectivamente, da Syzygium jambolanum. Em conjunto, esses dados mostram que muitas plantas sao utilizadas na medicina tradicional por pessoas com DM. No entanto, uma abordagem preliminar mostrou que, de uma forma geral, compostos isolados identificados nestas plantas possuem baixa predicao para atividade antidiabetica.
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