REFLEXÕES SOBRE TEXTOS DE BYUNG-CHUL HAN

2019 
Neste texto exponho minhas leituras de dois textos do autor sul-coreano radicado na Alemanha onde atua na area de Estudos Culturais da Universidade de Berlim. Abordo inicialmente o que entendo como nucleo central do pensamento do autor no livro “A Sociedade do Cansaco”, ao identificar nos individuos o processo de incorporacao dos sentimentos de culpa por nao atingirem as expectativas impostas pelo capitalismo globalizado vigente. Desse processo resulta a sensacao de cansaco e a consequente escalada de transtornos mentais dos quais a depressao e a mais presente. Na sequencia comento o livro do mesmo autor, “The Scent of Time” (edicao em portugues, “O Aroma do Tempo” pela Ed. Relogio D’agua, 2016). Na introducao, o autor nos convida a refletir sobre a olfacao e sua temporalidade difusa. A seguir aborda o processo que identifica como fragmentacao do tempo, em oposicao a leituras nas quais o processo essencial seria o da aceleracao. Dessa fragmentacao emergem dessincronizacoes, que aparecem como desaparecimento da tensao dialetica que confere sentido ao tempo. O tedio e a depressao emergem da relacao superficial e do consumo frenetico que acabam impedindo reflexoes mais profundas e geram a nocao de que tudo e possivel. Por fim, Byung dialoga com Proust e seu “tempo perdido” notadamente a perda da sensacao de duracao, sempre carregada de significados. Byung conclui questionando a suposta “validade duradoura” contida no “Ser e o Tempo” de Heidegger. Palavras-chave: Byung-Chul Han. Sociedade do Cansaco. Aroma do Tempo. Fragmentacao do Tempo. Dessincronizacao.
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