Rastreamento populacional para o câncer de próstata: mais riscos que benefícios

2018 
Resumo Recentemente, inumeras campanhas nacionais promovidas por hospitais, sociedades medicas e outras organizacoes tem estimulado o rastreamento do câncer de prostata, em consonância com iniciativas mundiais conhecidas como Novembro Azul. Essas campanhas aconselham a utilizacao do toque retal acompanhado da dosagem serica do antigeno prostatico especifico em faixas etarias definidas. A motivacao seria a deteccao precoce da neoplasia, com reducao de sua mortalidade e das complicacoes e impactos associados ao seu tratamento. A dosagem do PSA para fins de rastreamento e alvo de grande controversia, visto que a maioria dos tumores detectados pelo rastreamento e de evolucao lenta e nao interfeririam na sobrevida ou na qualidade de vida do paciente. O rastreamento de base populacional nao e a indicacao de inumeras instituicoes estrangeiras e, no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer tambem nao recomenda a organizacao programas de rastreamento desse tipo. O artigo discute os riscos e beneficios associados a esse tipo de estrategia e reforca a preocupacao com o uso inadequado e indiscriminado do rastreamento para o câncer de prostata.
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