PERFIL E INTERVENÇÕES NUTRICIONAIS EM UMA PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

2019 
Introducao: A insuficiencia renal aguda (IRA) atinge mais de 13 milhoes de pessoas no mundo. Considera-se que aproximadamente 1,7 milhoes morram anualmente pela patologia, alem de ser fator de risco para o desenvolvimento de doenca renal cronica (DRC). A abordagem nutricional adequada, principalmente na presenca de hipertensao arterial (HAS) e diabetes mellitus tipo 2 (DM tipo 2) e de fundamental importância para a recuperacao e prevencao de complicacoes, alem da diminuicao da morbidade e mortalidade. Objetivos: Narrar o perfil e intervencoes nutricionais no paciente portador de IRA, por meio de abordagem individualizada. Metodologia: Trata-se de um trabalho descritivo transversal, que retrata o caso de uma paciente transferida para um hospital de retaguarda apos sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) e estabilizacao hemodinâmica. Foi aplicada anamnese nutricional de admissao e avaliou-se peso, IMC (indice de massa corporal), circunferencia da panturrilha (CP) e exames bioquimicos, em maio de 2019. Resultados: Paciente do sexo feminino, 70anos, com diagnostico de AVC Isquemico, portadora de DM tipo 2 e HAS. Logo na admissao em um hospital de retaguarda, checou-se parâmetros bioquimicos como: Taxa de filtracao glomerular (TFG) de 23,17 ml/min/1.72m², Ureia de 122 mg/dl, Creatinina de 3,30 mg/dl, Sodio 139 mEq/l e Acido urico de 8,2 mg/dl, em que foi evidenciado quadro de IRA e desidratacao. Na anamnese foi possivel identificar uma historia dietetica inadequada, com alto consumo de ultraprocessados, carboidratos refinados, abuso de alcool e nao adesao a terapia medicamentosa para controle de glicemia e pressao arterial. A avaliacao antropometrica revelou IMC de 24,11 kg/m2 (eutrofico) entretanto, houve perda grave de peso (17,76% em 15 dias) pois era sobrepeso e CP de 32cm. Para manuseio do quadro clinico foram adotadas intervencoes nutricionais pontuais como: dieta normoproteica, hipossodica, suplementacao de firas e reducao de purinas da alimentacao para normalizacao de acido urico, que resultou em normalizacao nos exames bioquimicos e interrupcao no quadro de vomitos. Recebeu orientacoes para adesao farmacologica, alimentacao balanceada rica em fibras e carboidratos complexos e diminuicao da ingestao de alcool, adequado consumo de agua, visto que, apresentou baixa ingestao hidrica, alem de conscientizacao sobre riscos da nao adesao ao tratamento. Conclusao : Diante disso, e possivel observar que, a nao adesao ao tratamento do DM tipo 2 e HAS, pode alem do AVC, levar a IRA mesmo em um hospital de retaguarda, e que o nutricionista tem papel fundamental para um melhor prognostico, principalmente no momento da alta, alem de ser trabalhado orientacoes nutricionais por toda a equipe multiprofissional, juntamente com reeducacao nutricional logo na admissao. E por se tratar de uma paciente idosa que vem com maus habitos a vida toda, o mais importante na reeducacao alimentar e reduzir os danos, como por exemplo em relacao ao consumo de alcool que o mais ideal e que se ensine a tomar com seguranca e nao levar a restricao, para melhores resultados. Palavras-chave : Terapia Nutricional Individualizada. Doenca renal aguda. Prognostico Nutricional.
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