Comunidades Terapêuticas em novas configurações do manicomialismo

2017 
Ainda que pesem insuficiencias evidentes, e possivel perceber que a Politica Nacional de Saude Mental propoe claramente a superacao da velha concepcao manicomialista, que marcou durante seculos o atendimento a populacao. Entretanto, a expansao de internacoes em comunidades terapeuticas destinadas ao tratamento das dependencias quimicas pode ser considerada um retrocesso na luta antimanicomial brasileira. O presente trabalho tem o objetivo de estudar, a partir de um ponto de vista de inspiracao genealogica, as internacoes nas comunidades terapeuticas, com especial atencao as suas relacoes com a historia do aprisionamento manicomial e controle biopolitico populacional. Assim, paradoxal ao Movimento da Reforma Psiquiatrica, as internacoes nas comunidades terapeuticas, que seguem a logica proibicionista e concepcoes moralizantes, tem se mostrado como uma das principais estrategias biopoliticas de exclusao, segregacao e higienizacao para ordenacao e controle de concentracoes urbanas.
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