Fragilidade entre idosos e percepção de problemas em indicadores de atributos da atenção primária à saúde: resultados do ELSI-Brasil

2021 
O presente trabalho objetivou examinar a associacao entre a sindrome de fragilidade e a percepcao de problemas em indicadores de atributos da atencao primaria a saude (APS) entre idosos brasileiros. E um estudo transversal envolvendo 5.432 participantes, com 60 anos ou mais, da primeira onda do Estudo Longitudinal da Saude dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), realizado entre 2015 e 2016. A fragilidade, variavel independente, foi definida com base no marco teorico do fenotipo de fragilidade, e os indicadores de problemas em atributos da APS, variaveis dependentes, foram obtidos baseando-se em perguntas relacionadas ao uso de servicos de saude. Acesso, longitudinalidade, coordenacao, integralidade, orientacao familiar e adequacao cultural foram os atributos avaliados. Utilizou-se modelos de regressao logistica ajustados por fatores predisponentes, facilitadores e de necessidade de uso de servicos de saude para a analise dos dados. Entre os participantes, 55,1% eram do sexo feminino, 57,9% tinham entre 60 e 69 anos e 51,8% referiram multimorbidade. Idosos frageis e pre-frageis representaram 13,4% e 54,5% da amostra, respectivamente. Resultados da analise multivariada mostraram que os idosos frageis em comparacao com os robustos apresentaram mais chances de apontar problemas de acesso (OR = 1,45; IC95%: 1,08-1,93), longitudinalidade (OR = 1,54; IC95%: 1,19-2,00) e integralidade (OR = 1,45; IC95%: 1,14-1,85), alem de maior numero de problemas em atributos da APS (OR = 1,38; IC95%: 1,05-1,82, para 5 ou mais). O estudo sugere a ocorrencia de iniquidades na assistencia prestada pela APS brasileira aos idosos frageis, particularmente no âmbito dos atributos acesso, longitudinalidade e integralidade.
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