Bolsa família e serviço de prestação continuada: diferentes impactos na redução da desigualdade estadual

2011 
Este texto visa analisar as mudancas na desigualdade da renda domiciliar per capita nos estados brasileiros entre 2004 e 2006 e estimar quanto dessa mudanca pode ser atribuida as transferencias de renda nao-contributivas por parte do governo federal: o Programa Bolsa Familia (PBF) e o Beneficio de Prestacao Continuada (BPC). A metodologia usada foi a decomposicao fatorial do coeficiente de Gini. Nossos resultados mostram que entre 2004 e 2006 houve queda de um ponto (x100) no coeficiente de Gini para o Brasil. Essa tendencia nacional foi observada em quase todos os estados brasileiros. Quanto as causas, nossos resultados revelaram um padrao regional. No Norte e no Nordeste, as transferencias de renda sao a principal causa dessa reducao. A media nao ponderada da relevância das transferencias de renda nesses estados foi de quase metade da queda da desigualdade. No Nordeste, o PBF e o BPC foram responsaveis por 88% dessa queda. Ja nos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o PBC e PBF foram, sem duvida, importantes, mas a media nao ponderada dos impactos das transferencias foi de 24% da reducao total da desigualdade. A renda do trabalho foi a principal responsavel pela reducao da desigualdade, respondendo por 53% da variacao nao ponderada.
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