Desigualdades, racismos e saúde mental em uma comunidade quilombola rural
2020
Populacoes quilombolas sao historicamente atingidas por amplas desigualdades sociais, que geram vulnerabilidades em varios âmbitos da vida cotidiana, associadas a saude mental e a producao de sofrimento psiquico. Este artigo objetiva discutir a incidencia de transtornos mentais comuns a partir da otica da Determinacao Social da Saude. Aplicou-se questionario sociodemografico, o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20), e entrevista semiestruturada em uma comunidade quilombola rural. Observou-se que as experiencias de sofrimento psiquico estao relacionadas as iniquidades sociais, a escassez de estrategias de apoio comunitario e de possibilidades de acolhimento e de cuidado culturalmente sensivel na rede de atencao psicossocial, alem de se apresentar de modo desigual entre homens e mulheres. O racismo institucional se revela em praticas em saude que perpetuam as desigualdades que atingem as populacoes negras e do campo. Esses elementos impactam e revelam a intrinseca articulacao entre genero, raca, classe e saude mental.
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