Torção esplênica crônica em cão da raça sharpei

2012 
Um cao da raca sharpei, macho, com 5 anos de idade, foi atendido apresentando apatia, dispneia e dilatacao gastrica. Ao exame fisico apresentava padrao respiratorio restritivo, taquicardia, hipotermia e presenca de som timpânico a percussao da regiao epigastrica. A presenca de gas foi confirmada apos a realizacao de gastrocentese percutânea. Nos exames laboratoriais foram observadas anemia (hematocrito 30%), hipoalbuminemia (1,4 mg/dl) e hipocalemia (3,1 mEq/l). Devido ao quadro de dilatacao gasosa em topografia de estomago, o paciente foi internado para estabilizacao e procedimento cirurgico. Na laparotomia exploratoria foi constatada rotacao gastrica de 180°, associada a rotacao de 6 vezes do pediculo esplenico, ambas em sentido horario, com presenca de pequenas areas hemorragicas em parede gastrica e grande aderencia de epiplon na cauda do baco, sugerindo alteracao de carater cronico. A esplenectomia total foi realizada com ligaduras em bloco, sem o reposicionamento do mesmo, evitando-se a reperfusao do orgao. Foi realizado exame anatomopatologico e observadas congestao e hemorragia difusa e acentuada. No pos-operatorio imediato, o paciente foi mantido sob monitoramento clinico, laboratorial e eletrocardiografico. Nao foram evidenciadas intercorrencias e o animal recebeu alta no segundo dia do pos-operatorio. A relacao entre torcao esplenica secundaria a dilatacao gastrica nao pode ser estabelecida neste paciente, devido as caracteristicas sugestivas de cronicidade da torcao do baco. Caso a torcao esplenica tenha sido primaria, uma predisposicao a compressao e torcao gastrica pode ter ocorrido. O prognostico da torcao esplenica em pacientes estaveis e bom. Complicacoes frequentemente atribuidas a enfermidade, tais como arritmias, sepse e disturbios de coagulacao, nao foram observadas no caso descrito.
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