Professoras narram suas histórias: memórias de alfabetização

2020 
Escrituras autobiograficas e biograficas vem sendo cada vez mais utilizadas em investigacoes na area da Historia da Educacao, pois permitem compreender os sujeitos como autores de suas proprias historias, num tempo e num espaco historicamente dados, no qual assumem um posicionamento, numa postura singular e concreta, dizem e assinam a propria palavra, resgatando a possibilidade de “ser humano”, de agir coletivamente pelo que caracteriza e distingue os homens, produzir com e para o outro. Seguindo esse fio condutor, o presente texto foi produzido no dialogo com narrativas autobiograficas, escritas por professoras alfabetizadoras que atuam em escolas do municipio de Vila Pavao (Espirito Santo, Brasil), registradas na publicacao Nossas memorias. Buscamos adentrar, por meio dos textos narrativos, nas representacoes das professoras sobre os seus proprios processos de aprendizagem da lingua materna; sobre as relacoes estabelecidas entre as docentes e os alunos; e sobre a(s) concepcao(oes) de alfabetizacao que sustentava(m) a fase inicial de aprendizagem da leitura e da escrita, na epoca em que foram alfabetizadas. Metodologicamente, o estudo se configura como uma analise documental, pautada pela analise dialogica do discurso; e teoricamente se ancora no referencial de Bakhtin, de Benjamin e de Novoa. Estes dialogos conduzem a reflexoes sobre os sentidos e a pertinencia das escritas autobiograficas como pratica de formacao, autoformacao e transformacao de si.
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