ANÁLISE DA FADIGA DO MÚSCULO RECTUS FEMORIS APÓS TESTE DE EXAUSTÃO E CRIOTERAPIA PARA RECUPERAÇÃO PÓS-ESFORÇO

2018 
Introducao: O musculo rectus femoris (RF) por seu importante papel em diversas atividades esportivas que exigem a extensao do joelho tem sua capacidade contratil comprometida por vezes, a depender da intensidade e do tempo de manutencao de um determinado nivel de esforco. Para reverter esse quadro, ha diferentes metodos de recuperacao pos-esforco (RPE). Recentemente, a crioterapia por-imersao (CI) que consiste na imersao de segmentos corporais em agua com baixa temperatura tem sido amplamente investigada. Porem, o uso da eletromiografia de superficie, importante ferramenta de avaliacao direta da funcao muscular, tem sido negligenciado nessas pesquisas. O objetivo deste trabalho foi avaliar por meio dessa ferramenta a fadiga do musculo RF e o efeito do subsequente uso da CI na recuperacao aguda muscular. Metodologia: 25 estudantes de graduacao/pos-graduacao saudaveis foram submetidos a teste de exaustao em extensao isometrica do joelho dominante apos determinacao da forca isometrica maxima (FIM). Imediatamente apos a exaustao foram aleatoriamente distribuidos entre grupos controle (GC) e grupos submetidos a diferentes protocolos de CI, conforme temperatura (5 ou 10°C) e tempo de imersao (5 ou 10 minutos). A exaustao foi realizada por esforco isometrico unilateral em uma cadeira de testes em intensidade correspondente a 40 ou 80% da FIM. Apos 15 e 30 minutos todos realizaram novo esforco na mesma intensidade, porem com duracao de apenas 10 segundos (submaximo). A combinacao entre nivel de esforco e GC ou GCI permitiu constituir os seguintes grupos: GC-40%; GCI5°5min-40%; GCI5°10min-40%; GCI10°5min-40%; GCI10°10min-40%; GC-80%; GCI5°5min-80%; GCI5°10min-80%; GCI10°5min-80%; GCI10°10min-80%. Foi realizada a regressao linear de valores de RMS obtidos sucessivamente a cada 0,5 segundo dos testes de exaustao e submaximo, normalizados no tempo e pela FIM, em funcao da %tempo de exaustao ou submaximo. Desse tratamento estatistico foram obtidos valores de slope de RMS para os momentos exaustao, 15 e 30 minutos os quais foram comparados entre si por meio do teste de ANOVA ou de Friedman com testes post-hoc . O nivel de significância foi estabelecido em p<0,05. Resultados: Slopes de RMS predominantemente positivos e significativos indicaram a ocorrencia da fadiga muscular apos os testes de exaustao a 40 e 80% da FIM em todos os grupos investigados. Apos CI, valores de slope de RMS significativamente menores aos 15 e 30 minutos quando comparados a exaustao tambem estiveram predominantemente presentes apos exaustao a 40%. Discussao: Essa elevacao da atividade eletromiografica (EMG) em condicao de exaustao esta relacionada ao recrutamento de novas unidades motoras. O controle da fadiga identificado com o uso da CI tem sido explicado por seus efeitos sobre diferentes sistemas corporais. Remocao de metabolitos, vasocontricao evitando extravasamento de enzimas e elementos inflamatorios que desestabilizam a fibra muscular e a diminuicao de aferencias inibitorias de neuronios motores inferiores sao alguns dos efeitos relacionados a recuperacao muscular aguda. Conclusao: O modelo de exercicio proposto demonstrou ser eficaz para inducao a fadiga. Apos esforcos em intensidade correspondente a 40% da FIM a CI demonstrou ser eficaz para promover a recuperacao muscular nas condicoes propostas no trabalho.
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