Análise molecuar de cepas de citomegalovírus provenientes de pacientes transplantados

2002 
A infeccao pelo citomegalovirus e uma importante complicacao em pacientes transplantados em geral, e uma causa comum de morbidade e mortalidade em outros pacientes imunocomprometidos. Com o aumento do uso de antiviral para o tratamento de infeccoes por HCMV tem sido relatado a emergencia de virus resistentes, dificultando a terapeutica. A resistencia a drogas pode ser resultado de delecao ou insercao de nucleotideos num gene viral, na quinase que monofosforila a droga ou uma mutacao pontual no gene UL54 que codifica para a DNA polimerase viral. Mutacoes na DNA polimerase viral podem coexistir com mutacoes na UL97, resultando em dupla infeccao a drogas. A glicoproteina B e abundantemente expressa na superficie dos virions e celulas infectadas. Diferentes cepas, poderiam variar em virulencia. Como pouco se sabe sobre as diferencas funcionais que podem existir entre as diversas cepas de HCMV, os objetivos deste trabalho foram; 1) identificar cepas de HCMV em pacientes transplantados; 2) analisar resistencia em alguns pacientes. Foram estudados pacientes submetidos a transplante no periodo de Janeiro de 1999 a Maio de 2001. A identificacao da infeccao pelo HCMV foi realizada atraves do ensaio de antigenemia. Foram estudados 86 pacientes que geraram 109 amostras, sendo que 04 amostras eram negativas. As amostras separadas para o estudo foram amplificadas por Nested-PCR para as tres regioes estudadas: gB, UL54 e UL97 e depois sequenciadas. A regiao do gene da gB foi estudada com o objetivo de analisar genotipicamente as amostras. Para a analise de resistencia foram estudadas as regioes da DNA polimerase (UL54 - que foi dividida em duas partes), e UL97. Apos as amostras serem sequenciadas, foram alinhadas e analisadas por programas de analise filogeneticas. Das 109 amostras estudadas para a regiao da gB, 0,9 por cento pertencia ao genotipo gB1, 47,7 por cento ao genotipo gBlV, 36,8 por cento ao genotipo gB2, 1,9 por cento ao gB2V, 0,9 por cento ao genotipo gB3, 4,8 por cento ao genotipo gB4 e 7,3 por cento ao genotipo gB4V. 17 pacientes tiveram mais de uma amostra analisada. 29,4 por cento apresentaram diferentes cepas em amostras diferentes, e 17,6 por cento apresentaram mais de uma cepa ao mesmo tempo. Foram estudadas entre 14, 17 e 15 amostras...(au)
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