COVID-19, TRABALHO E MERCADOS DE TRABALHO: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS MERCADOS FORMAIS DE TRABALHO EM CIDADES MÉDIAS DO RIO GRANDE DO SUL.
2021
O artigo analisa a dinâmica dos mercados de trabalho de cidades medias no Rio Grande do Sul a partir da confirmacao dos primeiros casos de Coronavirus no Brasil e das primeiras acoes governamentais visando o enfrentamento da crise decorrente da Pandemia. Tomando como referencia empirica a dinâmica de admissoes e de desligamentos nos mercados formais de trabalho de quatro cidades medias gauchas, no periodo entre janeiro e maio de 2020, argumenta-se que para as pessoas que vivem do trabalho a experiencia da pandemia intensificou a precarizacao do trabalho ja vivenciada no Pais. Ainda que com algumas diferencas decorrentes das formas locais e regionais de organizacao da producao, durante a pandemia ocorreu uma diminuicao da capacidade de oferta de empregos formais nos mercados de trabalho; e, ao mesmo tempo, as acoes governamentais adotadas com o objetivo de “proteger os empregos” nao impediram as demissoes dos trabalhadores. O que se anuncia diante dessa realidade, num quadro de crise economica e de politicas de “flexibilizacao do trabalho”, sao mercados de trabalho ainda mais desregulamentados, nao somente com a diminuicao das relacoes formais de empregabilidade, mas, tambem, com o aumento de trabalhadores precarizados.
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