Algumas verdades e mentiras sobre os Estudos Clássicos no Brasil

2021 
A constatacao de crise na area de Estudos Classicos tem estado em voga desde meados do seculo XX (ou mesmo antes), embora essa tendencia tenha se radicalizado vertiginosamente nos ultimos anos, devido em grande parte aos debates educacionais sobre cultura, politica, economia e sociedade, incluindo temas polemicos interrelacionados, como genero, raca, classe e sexualidade. Enquanto ha quem denuncie a decadencia na qualidade do ensino, das pesquisas e das publicacoes, ha tambem quem critique o conservadorismo de certos pressupostos assumidos por uma area dedicada ao estudo das civilizacoes antigas que ainda desfrutam do status de “classicas” em nossa sociedade e que frequentemente se limitam aos gregos e romanos (no masculino). Diante desse quadro, o que pensar sobre os Estudos Classicos no Brasil? Quem sao as pessoas que se dedicam a pesquisa, ao ensino e ao estudo da Antiguidade classica em nosso pais? O que pensam e como avaliam sua area hoje? Partindo de um levantamento de dados ainda inedito — por meio de uma pesquisa de opiniao e analises quantitativas de dados —, pretendo esbocar um panorama sobre essas questoes a fim de desmistificar algumas impressoes, modalizar outras e oferecer balizas mais seguras para quem queira refletir criticamente sobre a area no Brasil de 2021.
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