Risco ambiental gerado pelo uso de antibióticos no setor de internamento pediátrico hospitalar

2020 
RESUMO Os efluentes hospitalares sempre foram fonte de preocupacao pela poluicao microbiologica, mas somente com o aumento na deteccao de antibioticos em aguas de rios surgiu a necessidade de se avaliar o risco ambiental gerado pelos efluentes de hospitais. Nesse contexto, foi realizada uma avaliacao de risco ambiental (ARA) para 19 antibioticos utilizados em um servico de internamento pediatrico hospitalar pelo periodo de 36 meses (junho de 2013 a maio de 2016). O principal objetivo deste estudo foi estimar o risco ambiental associado ao padrao de uso dos antibioticos selecionados lancados na rede de esgoto. A ferramenta utilizada para a avaliacao de risco foi a concentracao ambiental prevista (CAP), Fase I e Fase II (EMeA, 2006). Foram levantados os dados de populacao, dispensacao e administracao dos antibioticos para o calculo da CAP, e valores de referencia da concentracao ambiental prevista em que nao se observam efeitos (CAPNE) foram obtidos de fontes na literatura. O quociente de risco (QR) usado para caracterizar o risco foi obtido por meio da razao CAP/CAPNE. Apenas quatro antibioticos apresentaram QR abaixo do limiar de nivel alto (QR < 1), enquanto os outros 15 antibioticos apresentaram valores de QR considerados de alto potencial de dano ambiental, tendo-se verificado os valores mais elevados para ceftriaxona, piperaciclina, tazobactam, ciprofloxacino, vancomicina e oxacilina. Os resultados evidenciaram que existe risco substancial de danos ambientais associado a descarga dessas substâncias no efluente, consistindo em preocupacao ambiental significativa com relacao ao padrao de consumo de antibioticos no setor de internamento pediatrico hospitalar.
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