Pandemic in neoliberal necroeconomics

2020 
Estamos vivendo, desde meados de marco de 2020, no Brasil, uma situacao excepcional, gerada pela pandemia do coronavirus, cientificamente codificada em suas siglas como doenca, classificada como substantivo feminino, a Covid-19 A propria definicao de pandemia implica uma questao mundial, que atinge de alguma maneira a todas e todos: Oriente e Ocidente;Norte e Sul;pobres e ricos;mulheres e homens, cis e trans, homossexuais e heterossexuais;pessoas indigenas, negras, brancas, orientais Entretanto, como Boaventura de Souza Santos (2020) e tantas autoras e autores tem argumentado, essa ideia de uma “igualdade” frente ao virus e uma ficcao, ja que a doenca nao atinge a todas da mesma forma e com a mesma intensidade Se algumas/ uns de nos podem estar em isolamento nos espacos domesticos, trabalhando com seus computadores e internet, outras pessoas nao tem essa possibilidade Segundo este autor, a pandemia e o confinamento como prevencao para a mesma promovem e revelam as cisoes perversas das sociedades, que tornam alguns grupos sociais mais suscetiveis em razao de suas condicoes socioeconomicas e da falta de politicas publicas adequadas, visibilizando os que estao “ao sul da quarentena”: mulheres, trabalhadoras e trabalhadores precarios ou informais, moradoras e moradores de rua, de periferias pobres e de favelas, as/os internadas/os em campos de refugiados e prisoes, idosas/os, deficientes fisicos (SANTOS, 2020, p 15-21) Esses “grupos vulneraveis” formam a maioria das pessoas no planeta, aquela maioria que nao esta protegida pela redoma dos planos de saude, das casas com internet rapida, dos empregos em instituicoes e empresas que permitem home office e continuam pagando salarios, das pessoas que podem comprar alimentos e refeicoes por delivery
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