Produção e caracterização de micropartículas obtidas por gelificação iônica associada à interação eletrostática

2012 
O objetivo deste trabalho foi produzir microparticulas capazes de resistir ao ambiente gastrico e liberar o material encapsulado em ambiente intestinal. As particulas foram produzidas pela gelificacao ionica da pectina de baixo teor de esterificacao amidada com ions calcio e posteriormente recobertas com proteinas utilizando solucoes de diferentes concentracoes de concentrado proteico do soro do leite (WPC), submetidas ou nao a tratamento termico. A condicao de adsorcao das proteinas sobre a superficie das particulas de pectina foi definida a partir da analise da carga livre total das solucoes de proteina e polissacarideos e assim a definicao de pH e a relacao entre eles foi usada para producao das microparticulas. As microparticulas obtidas foram caracterizadas com relacao a sua carga eletrica de forma a se obter as condicoes de pH e a relacao de concentracao de polissacarideo : proteina em solucao em que a interacao eletrostatica entre os biopolimeros fosse possivel. Foram testados 5 niveis de proteina em solucoes ( 2, 4, 6, 8 e 12%) associados a proteina sem tratamento termico (STT) e tratada termicamente (TT), desnaturacao a 80oC por 15 minutos, sendo que as particulas obtidas foram caracterizadas com relacao a morfologia, teor de proteina e conteudo de umidade. A partir deste estudo preliminar foram selecionados dois tipos de particulas, uma particula recoberta com proteina STT e outra particula recoberta com proteina TT, utilizando como criterio de selecao as solucoes proteicas onde foram obtidas particulas com o maior teor de proteina adsorvida. As particulas selecionadas foram avaliadas com relacao a resistencia ao ambiente gastrico e capacidade de liberacao do material encapsulado em ambiente intestinal, sendo que, para isso, as microparticulas foram submetidas a uma simulacao das condicoes gastrointestinais in vitro, avaliando sua integridade nestas condicoes e quantificando-se o teor de proteina solubilizada em ambiente gastrico simulado. Tambem foi avaliada a estabilidade das particulas em diferentes pHs, tamanho medio, morfologia interna e externa e capacidade de reidratacao pos liofilizacao. As concentracoes de proteina em solucao em que foram obtidos os mais altos valores de proteina adsorvida foram de 4 a 6%, com adsorcao de 49,2 ± 1,0 % para particulas com WPC - STT e 27,6 ± 1,8% para solucao de WPC - TT. Variacoes de tamanho das microparticulas apos sua insercao em diferentes pHs assim como em suco gastrico artificial, foram de 224,8 µm a 342,9 µm. As particulas liofilizadas e reidratadas readquiriram forma e tamanho original apos uma hora de insercao em agua alem de apresentarem estabilidade as variacoes de pH. As particulas permaneceram integras em ambiente gastrico e desintegraram-se em meio intestinal, entretanto durante a simulacao das condicoes gastricas houve uma alta solubilizacao da proteina em suco gastrico quando o pH foi ajustado a 1,2 com a presenca de pepsina, enquanto menor solubilizacao foi observada quando o pH do suco gastrico foi ajustado para 3, tambem em presenca de pepsina Abstract
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