As estratégias de sensibilização são eficazes para melhorar a adesão para a higienização de mãos nos serviço de saúde?/Are awareness strategies effective in improving adherence to hand hygiene in health care?

2013 
A higienizacao das maos e uma tecnica simples, rapida, facil, mas de extrema importância na prevencao e controle das infeccoes. As maos dos profissionais sao um dos principais veiculos de transmissao de microrganismos em ambientes de saude, pois estao em contato permanente com pacientes, materiais e equipamentos. Entretanto, apesar das diversas evidencias cientificas e das disposicoes legais, percebe-se que grande parte das equipes nao adotam as recomendacoes brasileiras e internacionais em suas praticas diarias. O conhecimento das tecnicas, motivos e consequencias da falta de um habito correto nao modifica as condutas. No Brasil, a adesao a esta pratica permanece baixa, em media de 40% (1). Tal resultado somente retrata a dificuldade e complexidade da problematica em nosso Pais. Uma especial atencao de gestores, educadores e controladores de infeccao para incentivar e sensibilizar torna-se emergencial. Apesar das legislacoes brasileiras, especialmente, a Portaria 2.616, de 12 de maio de 1998, que normatiza e estabelece acoes minimas a serem desenvolvidas com vistas a reducao da incidencia das infeccoes relacionadas a assistencia a saude, cabendo as Comissoes de Controle de Infeccao a responsabilidade do desenvolvimento de acoes de educacao e estruturacao fisica para atender esta exigencia ainda poucos efeitos positivos surtiram, mas nao devemos desanimar.A Comissao de Controle de Infeccao e Epidemiologia, do Hospital Santa Cruz, constantemente desenvolve acoes educativas/ludicas com o objetivo de aprimorar a higienizacao das maos, promovendo a seguranca dos pacientes, profissionais e usuarios do servico. Anualmente, marcamos e consolidamos, no mes de maio, uma campanha de higiene de maos com o objetivo de conscientizar sobre as boas praticas e relembrar o nosso foco na seguranca dos pacientes. Neste ano de 2012, foram utilizadas outras ferramentas para chegarmos em cada profissional da instituicao: (1) visitas em todos os turnos com a lembranca sobre a tecnica atraves de atividades com tinta tempera e venda nos olhos; (2) incentivo para uso de cremes hidratantes, pois induz a lavagem das maos; (3) padronizacao de um mouse-pad que remetera a lembranca da higienizacao e sua responsabilidade com a seguranca do pacientes; (4) e-mails institucionais; e (5) utilizacao de redes sociais. A atividade foi realizada de forma presencial, nos setores administrativos e assistenciais da instituicao, atingindo equipe de enfermagem, medicos e academicos. A reflexao sobre o tema foi facilitada, proporcionando a visualizacao de falhas no processo e a meditacao do grupo. Foram realizadas 82 abordagens, sendo 54 em unidades assistenciais e 26 nas administrativas, totalizando 550 pessoas atingidas. Dentre estes, 46 eram academicos e 504 funcionarios da instituicao, perfazendo 62% do total de colaboradores. A utilizacao do mouse-pad, garantira uma visualizacao de todo o grupo. servira como forma indireta atraves dos mouse pads que foram entregues nas unidades e mensagem atraves de email institucional. Para implementar esta pratica foi tambem elaborado um video institucional sobre a higienizacao das maos que esta disponivel no site do hospital no endereco:http://www.youtube.com/user/HospitalSantaCruzRS?feature=watch. Percebeu-se uma boa receptividade dos grupos, principalmente em relacao ao desenvolvimento da dinâmica ludica e a curiosidade sobre a forma de higienizacao dos mesmos, bem como a distribuicao de mouse pads para as plataformas de trabalho. Propiciamos reflexao com as equipes no sentido de pensar sobre a higiene de maos na sua pratica diaria e alertar que esta medida basica de controle de infeccao e dever de cada profissional, desmistificando a responsabilidade apenas dos controladores de infeccao (2). Referencias: 1 - Brasil. Agencia Nacional de Vigilância Sanitaria. Seguranca do paciente em servicos de saude: higienizacao das maos. Brasilia: ANVISA, 2009. 105 p. 2 – Carneiro M, Persch MS, Souza JG, Krummenauer, EC, Machado JAA. What is the distance between saying and doing? Int. J Infect Control. 2012, v8:i2.
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