Famílias(s): permanências e mudanças. Os lugares sociais de mulheres e homens

2004 
A presenca, no imaginario social, da familia, como espaco de socializacao unicamente pelo afeto, respeito aos individuos e uniao pelo amor, tem dificultado, em muito, a analise da familia enquanto instituicao social que, como as demais em nossa sociedade, esta travessada por relacoes de poder e dominacao. Ainda hoje, e dificultoso analisar a familia, como uma instituicao que se modifica em consonância com as transformacoes historicas, adquirindo particularidades em diferentes sociedades. Assim, refletir e debater sobre as diferentes possibilidades de intervencao apresenta-se como essencialmente atual e desafiador para a reflexao academica e o exercicio profissional na medida em que, a familia vem sendo considerada, novamente, como o espaco privilegiado de atencao das politicas publicas. E importante notar, que embora possam ser identificadas diferentes e por vezes divergentes concepcoes sobre a familia comportando, ao longo do tempo, tensoes acerca de seu significado, e a difusao da concepcao do modelo nuclear burgues, tomado como natural, que se apresenta, ainda hoje, como dominante em nossa sociedade. Este modelo traz com ele embutido a fixacao dos lugares de homens/pais e mulheres/maes nesta instituicao, tomados como naturais. Partilha-se da concepcao de que a analise desta instituicao com base na perspectiva de genero tem trazido contribuicoes significativas para a compreensao dos lugares sociais ocupados por homens/pais, mulheres/maes e criancas/filhos (as).
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