RODA DE CONVERSA SOBRE SAÚDE MENTAL NAS ESCOLAS

INTRODUCAO: Atualmente, o bullying, as substâncias psicoativas e a sexualidade sao reconhecidos como assuntos de saude publica e estao entre os temas emergentes a serem trabalhados nas escolas. Buscando maneiras de trabalhar essas tematicas, o Centro de Atencao Psicossocial Viva a Vida (CAPS VIVA A VIDA) de Tramandai/RS, enquanto instituicao responsavel pela organizacao da rede territorial de saude mental do municipio, assumiu a responsabilidade de realizar atividades intersetoriais nas escolas municipais atraves do presente trabalho. OBJETIVO: Promover acoes para informar, orientar e prevenir acerca das tematicas acima citadas, estabelecendo uma cultura de paz e nao violencia no âmbito escolar. METODOLOGIA: A execucao deste trabalho se deu atraves de intervencoes em forma de rodas de conversa com alunos de 5o a 9o ano de escolas do municipio de Tramandai/RS, contando com apoio tecnico-pedagogico dos estagiarios de Psicologia da UNICNEC vinculados ao CAPS VIVA A VIDA na enfase dos processos de Prevencao e Promocao em Saude, sob supervisao local. RESULTADOS: Na relacao estabelecida entre educacao e saude mental existe a intencao de que seja propiciada ao sujeito uma  boa educacao, que possa transmitir com efetividade o conhecimento psicologico suficiente para produzir uma  boa saude mental, entendendo as influencias macrossociais e economicas, e, se a escola nao consegue assumir a dificil tarefa de garantir a saude mental do aluno, ela pode buscar reconhecer nele um sujeito desejante a quem se atribui, atraves da palavra, o direito de expressar suas emocoes e angustias para reconhecer e ser reconhecido (ALMEIDA, 1998). Atraves das intervencoes propostas neste trabalho, foi possivel perceber, de fato, a real necessidade de um espaco aberto de fala para os alunos, que promova a saude mental sendo livre de julgamentos e preconceitos, tendo em vista que os relatos dos mesmos comprovaram a presenca constante de conflitos psicossociais envolvendo bullying, sexualidade e drogas que sao permeados por vergonha e medo de possiveis repressoes ao ousarem tocar nestes assuntos publicamente, alem do despreparo das escolas no geral para lidar com as mais diversas demandas destes jovens. CONSIDERACOES FINAIS: E de suma importância ressaltar que, apesar de ser um ambiente diretamente ligado aos embates e polemicas destes temas, a escola nao e a unica responsavel por manejar estas situacoes conflituosas. Sendo assim, ressalta-se que tanto os profissionais escolares (diretores, professores, orientadores e outros funcionarios) quanto os pais devem estar atentos aos sinais e comportamentos de seus alunos/filhos. Espera-se, portanto, um maior envolvimento destes com os conflitos resultantes das tematicas citadas que atingem a juventude, e deve-se buscar, atraves de acoes como a deste trabalho, disseminar o entendimento perante as questoes que permeiam tais situacoes para alem da sala de aula, para que outros tambem possam colaborar para com a prevencao de possiveis violencias e adoecimentos e promocao da saude mental de criancas e adolescentes a sua volta. Palavras-chave: saude mental; escola; infância e adolescencia