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Do gozo ao mais de gozar

2014 
Este trabalho analisa o gozo como um conceito psicanalitico cuja primeira formulacao, em Freud (1913), tomou a forma de um mito: o mito de um gozo absoluto pelo pai da horda primitiva. Esse mito, e necessario que se ressalte, ja anunciava elementos estruturais que seriam fundamentais para a formulacao, por Lacan, do conceito de gozo. Neste artigo, mostramos que, inicialmente, Lacan concebia o conceito de gozo atraves de uma analogia com a segunda lei da termodinâmica, a entropia. No entanto, quando Lacan formulou que (1) nao ha gozo do Outro, pois este nao possui ser; (2) o Outro e um terreno do qual se limpou o gozo; iniciava-se uma nova concepcao de gozo, nao mais dependente de uma analogia com a termodinâmica, mas fundada em uma homologia. Lacan renomeava o gozo como mais-de-gozar e estabelecia uma homologia entre o mais-de-gozar e a mais-valia. Lacan estava elaborando uma estrutura discursiva cuja vertente economica Marx havia revelado. Esse abandono da analogia nao acontecia apenas gracas a referencia marxista, mas constituia tambem o percurso de uma pesquisa que resultou na elaboracao topologica do conceito de objeto, da qual advem a criacao do termo extimo como o que conjuga o intimo com a exterioridade radical.
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