COVID-19 NA ÓTICA DA MEDICINA VETERINÁRIA

2021 
No final do ano de 2019, um mutante do coronavirus com potencial de causar doenca respiratoria em humanos surgiu no continente asiatico, denominado SARS-CoV-2 causador da doenca  COVID-19, e, em poucos meses ja era considerado pandemico. A identificacao da doenca provocou medo entre as pessoas, especialmente pela sua elevada capacidade de disseminacao e potencial de causar obito em uma parcela dos individuos infectados. A gravidade desta enfermidade varia de leve a intensa, podendo culminar em morte, especialmente em individuos portadores de comorbidades. O quadro clinico causado varia bastante, supostamente conforme a carga viral com a qual o portador entrou em contato e ainda segundo a porta de entrada no organismo. Sabe-se, porem, que o coronavirus possui baixa capacidade de sobreviver em superficies, porem nao se descarta a possibilidade de veiculacao do mesmo atraves de embalagens de produtos adquiridos de locais com presenca do referido agente e que tenham sido transportados em um periodo de uma a tres semanas em temperatura ambiente. Inclui-se ai a possibilidade de veiculacao ainda em superficies vivas como, por exemplo, a partir de animais, especialmente os de companhia, haja vista a proximidade e contato frequente entre as pessoas da residencia. Vale ressaltar que animais e produtos animais representam uma ameaca a saude humana, todavia o Ministerio da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento (Mapa) possui regras e normas que regulam esse trafego de modo a evitar ou minimizar os riscos de prejuizo a saude e o bem-estar dos seres humanos, os interesses da agricultura, horticultura ou silvicultura e o bem-estar e a sobrevivencia dos recursos da vida selvagem. Embora haja suspeitas de que o SARS-CoV-2 tenha surgido de uma fonte animal, nao ha razao para pensar que qualquer animal, incluindo animais de estimacao como gatos e caes, possam ser uma fonte de infeccao (portador do agente e que pode disseminar) por esse novo coronavirus.  Os poucos casos de infeccao de gatos pelo SARS-CoV-2 relatados referem-se a animais que conviviam com humanos infectados, porem, sem evidencia da importância epidemiologica desses animais na transmissao da doenca para humanos. Porem, recomenda-se que, em caso de adoecimento pelo COVID-19, o individuo portador mantenha-se distante de qualquer animal de estimacao que possua, deixando-o sob cuidados de terceiros, minimizando, desta forma, a chance de contaminacao ou infeccao desses animais. Essa orientacao se da pelo fato de que o agente viral expelido por tosse, espirros ou outras secrecoes eliminadas de individuos portadores, pode se depositar sobre pelo e pele de animais de estimacao, por exemplo e, quando expelidas em locais diversos onde animais tenham contato, estes animais poderao ainda veicular o agente viral em suas patas, boca e focinho. E importante frisar que embora ainda nao esteja clara a contribuicao dos animais domesticos na epidemiologia da COVID-19, e sabido que pets que convivem com pessoas infectadas apresentam risco mais expressivo de contrair o virus. Pesquisas vem sendo conduzidas pelo Brasil e em outras partes do mundo buscando a identificacao molecular do virus a partir de amostras biologicas coletadas de animais com sinais clinicos caracteristicos ou sugestivos de COVID-19 e com historico de convivencia com familias que tiveram pessoas infectadas pela doenca em questao. Neste contexto, como ate o presente momento, nao existe evidencias da transmissao do SARS-CoV-2 de animais para humanos, devem ser mantidos habitos de higiene, uso de mascaras e distanciamento social, alem de orientacoes para que os tutores suspeitos ou positivos para COVID-19 evitem contato com gatos e caes.
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