Reocupação do centro de Belo Horizonte: as possibilidades de uma nova circulação viária

2006 
Belo Horizonte, como a grande maioria das capitais brasileiras, apresenta serios problemas decorrentes do trânsito e das politicas de transportes e trânsito impostas ate o momento. Os espacos de convivencia estao desaparecendo em detrimento dos espacos de circulacao e ha uma degradacao ambiental do espaco urbano em funcao do aumento da poluicao, do ruido e do numero de acidentes entre outros fatores. A intensidade dos fluxos de veiculos, associada a outros fatores ambientais, sociais e economicos, incompatibiliza a convivencia equilibrada entre as diversas atividades necessarias para o equilibrio da cidade, promovendo a supressao de uma ou de varias atividades em funcao da circulacao de veiculos. No Centro de Belo Horizonte, a atividade que mais vem perdendo participacao com este desequilibrio e a residencial, a qual, nas ultimas duas decadas, passou por uma grande mudanca tanto de dinâmica, com alteracao do perfil dos moradores, quanto de densidade, com diminuicao populacional.Neste trabalho, cujo objetivo principal e propor nova otica da circulacao viaria que seja capaz de auxiliar na re-obtencao do equilibrio entre as atividades, especialmente o estimulo da residencial, mantendo a diversidade do Centro, busca-se ainda compreender o porque desse quadro de desequilibrio e identificar as percepcoes dos moradores sobre a regiao, bem como suas perspectivas. Para isso, foram trabalhados os dados do Censo 2000 (IBGE), as Pesquisas Origem e Destino de 1992 e 2002 da Fundacao Joao Pinheiro, bem como realizada uma pesquisa de campo junto aos moradores do Centro.Entre outras consideracoes, concluiu-se que e fundamental, para re-obter o equilibrio entre as atividades, a realizacao de intervencoes no sistema viario visando prioritariamente a apropriacao dos espacos publicos. E preciso criar um ambiente quepermita a revitalizacao do discurso do Centro perante o restante da cidade, desenvolvendo a atividade residencial, consolidando seu uso em determinadas areas e reocupando outras abandonadas. A organizacao da circulacao de pessoas e veiculos, no momento em que se apropria das tecnicas de racionalizacao da circulacao para a criacao de espacos privilegiados, capazes de reorientarem as atencoes para formas intensas de uso do espaco urbano, estara promovendo vitalidade nas relacoes interpessoais, conformando a permanencia.
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