O desaparecimento social das diferenças nas políticas de exceção: vidas e memórias de crianças e mulheres para a reinvenção de uma educação democrática

2020 
A democracia tem sido tema recorrente no Brasil da ultima decada, devido a emergencia de narrativas e movimentos conservadores que interditam o debate publico sobre assuntos que trazem as diferencas para o campo social, como e o caso do racismo e das violencias de genero e sexuais, alem de fazerem apelos a reedicao de politicas de excecao vigentes na ditadura civicomilitar no Brasil. Desse modo, o objetivo principal deste artigo e analisar os sentidos de democracia e educacao a partir de incursoes no passado da ditadura militar, como forma de problematizar as politicas de excecao vigentes no Brasil do presente. Para tanto, pretende-se discutir: (1) as necropoliticas que incidiram sobre as vidas de criancas e mulheres na ditadura militar, a partir de depoimentos sobre torturas praticadas por agentes do Estado, extraidos do relatorio da Comissao Nacional da Verdade, e suas relacoes com necropoliticas do Brasil atual que remetem ao racismo e as violencias de genero, com base em criticas as nocoes de protecao e desenvolvimento em seus efeitos colonizadores; e (2) o desaparecimento social como politica de exterminio da memoria e suas repercussoes nefastas na educacao. Por fim, busca-se salientar o processo devastador das diferencas, sejam de genero, sexuais, raciais, etnicas e etarias, implementado por politicas de excecao do passado e do presente, e como uma educacao democratica, que se posicione na contramao dessas politicas, pode ser resistencia a barbarie.
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