IMAGINAÇÃO EM SARTRE E BACHELARD
2019
Este artigo contrasta as abordagens fenomenologicas de imaginacao em Jean-Paul Sartre e em Gaston Bachelard para problematizar a longa tradicao filosofica ocidental de desqualificacao da imagem, a qual exclui do campo do conhecimento a dimensao do sensivel. Ambos os filosofos contribuiram para negar a psicologizacao da imagem ao retira-la da sujeicao da percepcao e da memoria, porem, o realizaram com consequencias opostas na relacao entre a imaginacao e o conhecimento. Se Sartre relaciona a imaginacao a um ato de nadificacao do conteudo da percepcao e descreve a intencionalidade da consciencia imaginante a partir da referencia do objeto sobre o fundo de sua ausencia, Bachelard a descreve como dinamismo organizador da percepcao ao afirmar a autonomia realizadora da imaginacao como evento de linguagem. O que emerge, no contraste entre ambas as fenomenologias da imaginacao, e a interrogacao pela concepcao de linguagem como representacao dos aspectos observaveis e conhecidos do mundo, dada pelo privilegio da visao nas teorias do conhecimento.
Keywords:
- Correction
- Source
- Cite
- Save
- Machine Reading By IdeaReader
0
References
0
Citations
NaN
KQI