Avaliação das doses e do risco subsequente de desenvolvimento de câncer em órgãos fora do campo de tratamento na radioterapia de linfoma de Hodgkin

2020 
O tratamento de linfoma de Hodgkin com radioterapia tem sido aprimorado nas ultimas decadas de forma a minimizar os efeitos colaterais danosos da radiacao ionizante no paciente. Um novo desafio que surge e a analise da dose em orgaos fora da regiao de tratamento e o risco atribuido a essa exposicao. Neste trabalho avaliamos as doses nos orgaos de interesse e o risco subsequente de inducao de câncer apos o tratamento. Foi feita a simulacao de um tratamento em uma paciente feminino de 20 anos, para avaliacao do risco de desenvolvimento de câncer secundario apos a exposicao a radiacao. Para isso, utilizamos o fantoma feminino e o acelerador linear Clinac® iX 885 da Varian para a calibracao dos TLDs e irradiacao do fantoma. O programa online RadRAT foi usado para avaliar o risco ao longo da vida. Foi feita a comparacao entre cinco paises cujas informacoes sobre expectativa de vida e taxa de incidencia de câncer estao registradas no programa. Nossos resultados mostraram que o tratamento convencional para o linfoma de Hodgkin acarreta um risco atribuido maior para o  desenvolvimento de câncer no cerebro aumentando entre 21% e 23% o numero de novos casos. Para câncer no utero, o excesso de risco e pouco maior que 2%, nao tendo um aumento estatisticamente significante (p=0,30). O câncer de bexiga, no entanto, apesar de ser o orgao mais distante do campo de irradiacao teve um risco atribuido ao longo da vida proximo a 10% na maioria dos grupos populacionais.
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