Resposta da pressão arterial ao estresse agudo traumático em urgências ortopédicas

2013 
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Pacientes vitimas de trauma ortopedico apresentam como resposta ao estresse, elevacao transitoria da frequencia cardiaca e da pressao arterial (PA), fenomenos da reatividade cardiovascular, sendo erroneamente classificados como hipertensos, e medicados como tal. O objetivo deste estudo foi avaliar os pacientes com elevacao transitoria da PA, bem comoos hipertensos. METODO: Estudo transversal, realizado em hospital de referencia, na cidade de Dourados, MS. A amostra foi de 50 individuos, vitimas de trauma ortopedico, com idade ? 18 anos. Foram excluidos os pacientes com periodo de internacao menor que 24h, trauma grave ou instabilidade hemodinâmica. Foram realizadas diariamente, tres medidas da PA em um dos membros superiores,com intervalo de um minuto entre as medidas, e a media das duas ultimas medidas foi considerada a PA do individuo. Para as afericoes foi utilizado aparelho de coluna de mercurio de acordo comas V Diretrizes Brasileiras de Hipertensao. Para o diagnostico de hipertensao o criterio foi pressao arterial sistolica (PAS) ? 140 oupressao arterial diastolica (PAD) ? 90 mmHg. As variaveis analisadas foram: idade, sexo, estado civil, raca, escolaridade, diagnostico previo de hipertensao arterial sistemica (HAS), tratamento farmacologico para HAS, comorbidades associadas, PAS e PAD. RESULTADOS: A idade media dos pacientes foi de 31,9 ± 14,7 anos para normotensos, 41,2 ± 17,7 para elevacao transitoria e 41,0 ± 19,8 para hipertensos. Foram classificados como: em normotensos (50%), elevacao transitoria (26%) e hipertensos (24%). CONCLUSAO: A reatividade cardiovascular ao trauma provoca elevacao transitoria da PA. A sua interpretacao correta na urgencia tem papel importante no diagnostico e cuidados da doenca hipertensiva. BACKGROUND AND OBJECTIVES: In response to stress, orthopedic trauma patients present transient elevation in heart rate and blood pressure (BP), cardiovascular reactivity phenomena, being wrongly classified as hypertensive, and treated as such. The aim of this study was to evaluate patients with transient elevation of BP, as well as hypertension. METHOD: Cross-sectional study in reference hospital in the city of Dourados, state of Mato Grosso do Sul (MS). The sample consisted of 50 patients, victims of orthopedic trauma, aged ? 18 years. We excluded patients hospitalized for less than 24 hours, with severe trauma, or hemodynamicaly instable. Three BP measurements were performed daily in either upper limb, with an interval of one minute, and the average of the last two measurements was considered the subject's BP. For the measurements, a mercury column device according to the V Brazilian Guidelines on Hypertension was used. The criterion for diagnosing hypertension was systolic blood pressure (SBP) ? 140 or diastolic blood pressure (DBP) ? 90 mmHg. The variables analyzed were: age, gender, marital status, race, education level, previous diagnosis of systemic hypertension (SH), pharmacological treatment for SH, associated comorbidities, SBP and DBP. RESULTS: The average age of patients was 31.9 ± 14.7 years for normotensives, 41.2 ± 17.7 to transient elevation and 41.0 ± 19.8 for hypertensive patients. They were classified as normotensive (50%), transient elevation (26%) and hypertensive (24%). CONCLUSION: The cardiovascular reactivity to trauma causes transient elevation of blood pressure. The correct interpretation of BP levels in trauma patients has an important role in the diagnosis and care of hypertensive disease.
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