Incidência de trombo intracardíaco e de tromboembolismo nos três primeiros meses após o implante de bioprótese valvar

2004 
OBJETIVO: Avaliar a incidencia de trombo intracardiaco e de tromboembolismo nos tres primeiros meses apos a troca valvar por bioprotese e identificar fatores de risco para a formacao de trombo. METODO:Incluidos 184 pacientes, entre 15 e 75 anos de idade, submetidos a implante de bioprotese e realizados ecocardiogramas transtoracico e transesofagico (ETE) na fase hospitalar, media 8,4±3 dias, e tres meses apos, media 97,4±21,7 dias. RESULTADOS: Incidencia de trombo foi significativamente mais elevada nos pacientes com protese em posicao mitral ou mitroaortica (21,0%) do que em posicao aortica (2,8%), p<0,001. A analise de regressao logistica multivariada identificou a protese em posicao mitral ou mitroaortica como a unica variavel independente para a formacao de trombo. No seguimento de tres meses o ETE evidenciou trombo em 35 (20,7%) dos 169 pacientes com evolucao ecocardiografica, 31,7% nos mitrais e 3,1% nos aorticos, p<0,001. No 3o mes a analise de regressao logistica multivariada tambem identificou a protese em posicao mitral ou mitroaortica como a unica variavel independente para a formacao de trombo. Durante os tres meses de seguimento, tres (1,6%) pacientes faleceram e oito (4,3%) apresentaram fenomeno embolico, todos para territorio cerebral. CONCLUSAO: A incidencia de trombo nos tres primeiros meses, apos o implante da bioprotese foi 14,1% nos 10 primeiros dias e 20,7% em tres meses; a protese em posicao mitral ou mitroaortica foi identificada como fator de risco para a formacao de trombo; a incidencia de fenomenos embolicos diagnosticados clinicamente foi inferior a proporcao de trombo atrial documentado pelo ecocardiograma.
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