Esplenectomia como tratamento da plaquetopenia refratária no lúpus eritematoso sistêmico e na síndrome do anticorpo antifosfolípede primária

1999 
Objetivo: Discutir a esplenectomia como tratamento da plaquetopenia auto-imune refrataria, no lupus eritematoso sistemico (LES) e na sindrome do anticorpo antifosfolipide (SAF) primaria. Ainda, apresentar a experiencia dos autores com relacao a esse procedimento, comparando com os dados de literatura. Material e metodos: Quatro pacientes (3 LES e 1 SAF) foram acompanhados, clinica e laboratorialmente, apos esplenectomia por plaquetopenia auto-imune refrataria no Servico de Reumatologia do Hospital Heliopolis de Sao Paulo. Observou-se a contagem de plaquetas um, seis e 12 meses apos o ato cirurgico. Considerou-se remissao completa (RC) quando a contagem de plaquetas subiu acima de 150.000/mm cubicos e remissao parcial (RP) quando a mesma atingiu entre 100.000 e 150.000/mm cubicos. Remissao prolongada (RPr) foi definida quando esses numeros persistiram por mais de seis meses apos a cirurgia. Os pacientes foram acompanhados clinica e laboratorialmente a cada mes ate o sexto mes pos-esplenectomia e, a partir dai, a cada dois meses. Resultados: Os 4 casos apresentaram RC; em 3 pacientes (2 LES e 1 SAF) essa remissao se prolongou por mais de seis meses (RPr). Um dos casos de LES apresentou RC, porem so ha os valores de plaquetas ate o terceiro mes pos-cirurgia. Nao houve exacerbacao da doenca, como um todo, apos o procedimento. A dose media de corticosteroides pode ser reduzida e nao houve complicacoes consequentes a cirurgia. Conclusao: Embora os corticosteroides sejam, ainda, a primeira escolha de tratamento, a esplenectomia continua sendo uma opcao terapeutica util e segura nos casos de trombocitopenia auto-imune grave e refrataria no LES e parece ter a mesma utilidade nos casos de SAF primaria
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