ATENDIMENTO A MORADORES DE RUA ALBERGADOS: UMA PRÁTICA DE RESPONSABILIDADE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA

2014 
Caracterizacao do problema: Multiplas razoes levam as pessoas a adotarem a rua como lar. Entre elas podemos citar o abandono social, o desemprego e o envolvimento com drogas. Independentemente de qualquer causa, essa populacao acaba sendo negligenciada quanto a saude tornando-se um grupo de risco para desenvolver problemas que vao desde simples viroses ate afeccoes mais serias como tuberculose e hanseniase. A nova Politica Nacional da Atencao Basica tem avancado em novas modelagens para as diferentes populacoes e realidades do Brasil. Dentre elas, os moradores de rua visando a equidade de acesso as acoes do SUS. Descricao da Experiencia: Uma equipe de seis medicos, uma enfermeira e uma psicologa decidiu instituir manhas de atendimento bimestrais para moradores de rua albergados. Ao longo de dois dias, foram atendidos 26 pacientes, com idades que variavam entre 19-62 anos, do sexo masculino. Iniciou-se com uma triagem na enfermagem, com afericao da pressao arterial e glicemia capilar. Posteriormente os pacientes conversavam com a psicologa e passavam para a consulta medica. Nesse momento, eles eram examinados e, caso fosse necessario, encaminhados para hospitais de referencia ou para laboratorios publicos para coleta de exames. Entre as queixas mais comuns destacaram-se: dor (n=11), pirose (n=3), secrecao nasal (n=2), astenia (n=5), diarreia (n=3) e perda ponderal (n=6). Houve ainda 6 casos de hipertensao, 3 de diabetes mellitus, 3 de HIV e 1 de sifilis. Efeitos Alcancados: A populacao albergada foi atendida e avaliada por profissionais de tres areas distintas, possibilitando o reconhecimento de pacientes com afeccoes graves, bem como o diagnostico de doencas cronicas descompensadas. Houve varios pacientes com suspeita de afeccoes que so poderao ser confirmadas com os dados laboratoriais em consultas vindouras. Aproveitou-se o atendimento com esse publico para explicar sobre a importância do autocuidado e para acoes de promocao de saude como o fornecimento de preservativos e estabelecimento de dialogo para esclarecer as duvidas dos pacientes. Recomendacoes: a atencao dispensada a pessoas moradoras de rua deve ser uma preocupacao crescente da atencao basica, visto a vulnerabilidade a que essa clientela encontra-se. Pois somente desta forma, poderemos consolidar na saude dessas pessoas as diretrizes do SUS de universalidade, acessibilidade, integralidade da atencao, equidade e participacao social como realidade a esta parcela populacional da nossa sociedade.
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