Divergências entre histórico da consulta e diagnóstico médico de agressões físicas registradas nos prontuários de uma unidade de urgência e emergência

2013 
Inumeros podem ser os indicadores da violencia na sociedade. Contudo, em nenhum outro servico de saude a violencia adquire tamanha visibilidade quanto na emergencia. Este estudo teve por objetivo analisar se ha divergencia entre o historico da consulta e o diagnostico medico de agressoes fisicas atendidas no pronto-socorro. Realizou-se estudo transversal no servico de urgencia e emergencia de Aracatuba-SP, com base em prontuarios medicos. Consideraram-se os dados dos pacientes, lesoes, historico, diagnostico e tratamento. Dos 133.537 atendimentos, somente 153 foram registrados como agressao fisica, apesar de outros 161 trazerem a informacao sobre violencia no historico da consulta; 59,6% eram homens e 60,6% tinham entre 20 e 44 anos. Predominaram escoriacoes, dor e ferimentos corto-contusos. Nao foram encontradas associacoes entre "mencionar violencia no diagnostico" e as caracteristicas dos pacientes e atendimentos (horario, encaminhamento, genero, faixa etaria). Conclui-se que, na maioria dos casos, a violencia relatada no historico da consulta nao foi mencionada no diagnostico das lesoes. As caracteristicas do atendimento e dos pacientes nao estiveram associadas ao fato de os profissionais diagnosticarem o caso como violencia.
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